Política

‘Não adianta mais chorar’, diz Mourão sobre eleição de Lula

Questionado sobre a demora do pronunciamento de Bolsonaro, o vice-presidente disse que achou o ex-capitão ‘tranquilo e sereno’ e que reagiu à sua maneira

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos – RS) declarou que ‘não há mais do que reclamar’ em relação ao resultado das eleições e a vitória de Lula (PT).

“Nós concordamos em participar de um jogo em que o outro jogador (Lula) não deveria estar jogando. Mas se a gente concordou, não há mais do que reclamar. A partir daí, não adianta mais chorar, nós perdemos o jogo”, disse, em entrevista ao O Globo.

Durante a conversa, o general também foi questionado sobre o discurso feito por Jair Bolsonaro apenas 48 horas após o resultado das urnas. Disse que achou o ex-capitão ‘tranquilo e sereno’ e que Bolsonaro reagiu à sua maneira.

“Tranquilo, sereno. Ele não acusou o processo eleitoral, da forma que eu achei que acusaria, não acusou o opositor. Já está estendida a ponte para que a transição seja executada, pelo Ciro Nogueira e quem for de direito da chapa do Lula”, opinou.

“Cada um reage aos acontecimentos da sua maneira. Ele está reagindo à maneira dele. Ele procurou a melhor forma de falar tudo o que queria falar sem incorrer em ofensas, ilegalidades”.

Sobre os protestos realizados por eleitores de Bolsonaro inconformados com o resultados das urnas, Mourão foi taxativo: “Deveria ter sido realizado quando o jogador que não deveria jogar foi (autorizado a jogar). Ali deveriam ter ido para a rua, buzina. Mas não fizeram. Existem 58 milhões de pessoas inconformadas, mas aceitaram participar do jogo. Então tem que baixar a bola.

Durante a conversa, Mourão ainda falou que caso Lula o chame ao Planalto irá comparecer e deu detalhes de como foi a conversa com Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito.

” Institucionalmente eu sou vice-presidente, e hoje existe outro cidadão que é o vice-presidente da República eleito. É de boa educação eu me dirigir a ele e dizer que estamos em condição de recebê-lo, que a casa em que ele vai morar está em condições de ser vistoriada. Ele é um cara educado, eu também sou”.

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