Política

Na Alemanha, Lula diz temer “negação” da União Europeia

Em evento com a oposição alemã, ex-presidente pede mais tempo para que a Espanha e a Grécia façam ajustes fiscais

Lula durante evento em Berlim Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira 7, na Alemanha, que teme uma possível “negação” dos europeus à União Europeia devido à crise econômica internacional. Lula fez a declaração em evento em Berlim, com sindicalistas e integrantes do SPD, o partido Social Democrata da Alemanha, principal opositor do governo da chanceler alemã, Angela Merkel.

No discurso, Lula criticou as medidas recessivas implementadas como resposta à crise. Ele sugeriu um prazo mais longo de ajuste fiscal para Espanha e Grécia, países que sofrem com as medidas de austeridade. O ajuste acelerado, afirmou Lula, favoreceria a recessão, o surgimento de mais problemas e o questionamento de conquistas já alcançadas. “Eu temo que na Europa vocês comecem a negar a União Europeia. A União Europeia é um patrimônio da humanidade, ela superou 1500 anos de conflitos”.

Lula citou a desconsideração dos países ricos diante das decisões acordadas nos encontros do G-20. Essas decisões, lembrou, previam a manutenção do emprego e o estímulo ao desenvolvimento dos países pobres como pontos cruciais para a superação das crises.

“Os magnatas do sistema financeiro, quando ganham, não repartem, mas quando perdem repartem os prejuízos com todos”. Para Lula, os políticos precisam perder o medo de exercer a democracia e ouvir o que o povo quer, no lugar de priorizar o salvamento de bancos.

“A América Latina vive hoje uma era de paz e progresso que há muito tempo nao vivia. Continuamos pobres e com problemas, mas há muito tempo não tínhamos esse progresso, principalmente com o aprofundamento da democracia. E a Europa, que era um berço de tranquilidade, vive uma era nervosa, apreensiva, principalmente para a juventude. E por que isso aconteceu? Porque muitos políticos terceirizaram a política. E a política não pode ser terceirizada”.

Em Berlim, Lula foi questionado a respeito da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha infiltrada em órgãos federais e indiciou Rosemary Noronha, sua ex-auxiliar e ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.

Lula evitou o assunto, mas disse aos jornalistas presentes que não ficou surpreso com a realização da operação.

(Com reportagem de Fatima Lacerda, em Berlim)

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta sexta-feira 7, na Alemanha, que teme uma possível “negação” dos europeus à União Europeia devido à crise econômica internacional. Lula fez a declaração em evento em Berlim, com sindicalistas e integrantes do SPD, o partido Social Democrata da Alemanha, principal opositor do governo da chanceler alemã, Angela Merkel.

No discurso, Lula criticou as medidas recessivas implementadas como resposta à crise. Ele sugeriu um prazo mais longo de ajuste fiscal para Espanha e Grécia, países que sofrem com as medidas de austeridade. O ajuste acelerado, afirmou Lula, favoreceria a recessão, o surgimento de mais problemas e o questionamento de conquistas já alcançadas. “Eu temo que na Europa vocês comecem a negar a União Europeia. A União Europeia é um patrimônio da humanidade, ela superou 1500 anos de conflitos”.

Lula citou a desconsideração dos países ricos diante das decisões acordadas nos encontros do G-20. Essas decisões, lembrou, previam a manutenção do emprego e o estímulo ao desenvolvimento dos países pobres como pontos cruciais para a superação das crises.

“Os magnatas do sistema financeiro, quando ganham, não repartem, mas quando perdem repartem os prejuízos com todos”. Para Lula, os políticos precisam perder o medo de exercer a democracia e ouvir o que o povo quer, no lugar de priorizar o salvamento de bancos.

“A América Latina vive hoje uma era de paz e progresso que há muito tempo nao vivia. Continuamos pobres e com problemas, mas há muito tempo não tínhamos esse progresso, principalmente com o aprofundamento da democracia. E a Europa, que era um berço de tranquilidade, vive uma era nervosa, apreensiva, principalmente para a juventude. E por que isso aconteceu? Porque muitos políticos terceirizaram a política. E a política não pode ser terceirizada”.

Em Berlim, Lula foi questionado a respeito da Operação Porto Seguro da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha infiltrada em órgãos federais e indiciou Rosemary Noronha, sua ex-auxiliar e ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.

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(Com reportagem de Fatima Lacerda, em Berlim)

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