Política
‘Mulher bonita’ na SRI: A reação de Gleisi à repercussão da declaração de Lula
Em seu perfil no X (antigo Twitter), a nova ministra atribuiu a reação negativa a setores da extrema-direita


A nova ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, rebateu as críticas ao presidente Lula (PT) após uma declaração do petista que provocou acusações de machismo nas redes sociais.
Durante o lançamento do Programa Crédito do Trabalhador, no Palácio do Planalto, Lula afirmou que nomeou uma “mulher bonita” para a Secretaria de Relações Institucionais com o objetivo de melhorar a relação com o Congresso e estreitar o diálogo com parlamentares. A declaração, feita em conversa com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), repercutiu negativamente entre adversários políticos.
Em seu perfil no X (antigo Twitter), Gleisi atribuiu a reação negativa a setores da extrema-direita.
“Repudio os ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos, machistas e de violência política. Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam. Oportunistas tentando desmerecer o presidente Lula”, escreveu a ministra nesta quinta-feira 13.
Ela também comparou a postura de Lula com a do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Vocês esqueceram das entrevistas, dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando a violência política e física, o preconceito, o machismo? Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro!”
A petista ainda defendeu que gestos são mais importantes do que palavras e destacou Lula como o presidente que mais empoderou mulheres em seus mandatos.
“Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do país, a primeira presidenta do PT, o que mais nomeou ministras, dirigiu estatais, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Superior Tribunal Militar e tantos outros espaços para mulheres. Que moral vocês têm?”, questionou.
Reforma ministerial
Embora parte da mídia a rotule como uma “radical de esquerda”, a expectativa dentro do governo é que Gleisi saberá equilibrar habilidade política e firmeza no enfrentamento ao bolsonarismo. Ela substitui Alexandre Padilha, que enfrentou dificuldades no trato com o Congresso e agora retorna ao Ministério da Saúde, pasta na qual teve bom desempenho durante o governo Dilma Rousseff. A troca faz parte de uma reconfiguração iniciada em janeiro, quando Paulo Pimenta foi substituído por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação, e conclui o que Lula considera a primeira etapa da reforma ministerial.
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