Política

Mudança no programa não foi por pressão dos evangélicos, diz presidente do PSB

Roberto Amaral falou que a omissão de trecho sobre casamento gay no programa de Marina Silva “foi feito em uma revisão e alguém esqueceu”

Mudança no programa não foi por pressão dos evangélicos, diz presidente do PSB
Mudança no programa não foi por pressão dos evangélicos, diz presidente do PSB
Roberto Amaral conversa com Marina Silva
Apoie Siga-nos no

O presidente do PSB, Roberto Amaral, disse que a mudança na redação sobre a união de casais homoafetivos no programa de governo de Marina Silva (PSB) não foi feito por pressão de evangélicos.

“Não é que ela não leu, foi feita uma revisão e alguém esqueceu [de mudar]. Ela tinha modificado, não foi por pressão dos evangélicos,” disse o ex-ministro de Ciências e Tecnologia nesta segunda-feira 1º. “Eu não tenho tempo de ouvir o [pastor Silas] Malafaia, tenho muitos livros para ler.”

A união de casais do mesmo sexo chegou a ser defendida na primeira versão do programa divulgado no fim da tarde de sexta-feira, 29. Já no sábado pela manhã, uma errata acusava uma “falha processual na editoração” e amenizava o ponto em questão para um outro que se comprometia apenas em “garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.

Amaral se recusou a opinar sobre o mérito da questão. Segundo ele, este ponto não devia estar no programa de governo porque nele devem estar as questões do Executivo e não do Legislativo. “As questões do estado são as que dizem respeito a república e nós não somos o Irã,” disse Amaral.

O presidente do partido foi entrevista na entrada do segundo debate entre os candidatos à presidência, que será realizado nesta noite no SBT.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo