Múcio continua no Ministério da Defesa, reforça Lula: ‘Confio nele’

Repercussão negativa da posição do ministro da Defesa sobre os acampamentos bolsonaristas motivou suspeitas de renúncia ou exoneração

Presidente Lula e José Múcio, ministro da Defesa. Foto: Divulgação Lula/Ricardo Stuckert

Apoie Siga-nos no

Após suspeita de renúncia ou demissão do ministro da Defesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou nesta quinta-feira 12, a permanência de José Múcio Monteiro na pasta.

Quem coloca ministro e tira ministro é o presidente da República. O José Múcio foi eu que trouxe para cá e ele vai continuar sendo meu ministro porque eu confio nele“, disse o presidente durante o café da manhã com jornalistas, com a presença de CartaCapital.

“É um companheiro da minha relação histórica, tenho o mais profundo respeito por ele”, acrescentou. Múcio foi ministro das Relações Institucionais no 1º governo do petista.

A situação do ministro foi colocada na balança após os atos terroristas realizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro — maioria oriunda dos acampamentos golpistas.  

Múcio foi contra desmobilizar os QG’s bolsonaristas, pois, segundo ele, as movimentações de saída seriam espontâneas e qualquer ação para dispersá-los poderia causar tumulto e ataques. 

A opinião do ministro causou grande desconforto entre diversos integrantes dos partidos aliados ao governo, conforme mostrou CartaCapital.


Questionado por jornalistas sobre esta situação, Lula disse que o caso não justifica uma demissão.

“Se eu tiver que tirar cada ministro a hora que ele cometer um erro, vai ser a maior rotatividade de mão de obra da história do Brasil. Todos nós cometemos erros. Então, o Zé Múcio vai continuar”, afirmou.

Também estavam presentes a primeira-dama, Janja Lula da Silva, e o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta (PT).

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.