Política

MST faz ‘escracho’ contra Guedes no prédio do Ministério da Economia: ‘Lucra com a fome’

Manifestantes espalharam cédulas falsas na portaria da pasta após revelações dos Pandora Papers: ‘Guedes no paraíso e o povo no inferno’

Manifestantes do MST protestam contra desigualdade econômica durante a crise. Foto: Matheus Alves/MST
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Militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, realizaram um protesto em Brasília contra Paulo Guedes, nesta quinta-feira 6, após as investigação dos Pandora Papers mostrarem que o ministro da Economia possui uma empresa em paraíso fiscal.

No momento do “escracho”, Guedes tinha agenda marcada no prédio do Ministério da Economia com o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Roberto Fendt, e outros cinco integrantes da pasta.

Na ação, cerca de 20 manifestantes criticaram o encarecimento de produtos básicos no Brasil enquanto empresários registram altas taxas de rendimento. Entre as palavras de ordem estavam “Guedes lucra com a fome” e “Guedes no paraíso e o povo no inferno”.

Em fotos e vídeos, os manifestantes aparecem com placas que citam o escândalo Pandora Papers enquanto jogam cédulas de dinheiro falsas na portaria do Ministério da Economia. Alguns estavam vestidos com roupas de praia, em alusão à expressão “paraíso fiscal”, e fizeram uma encenação teatral. O ato durou por volta de cinco minutos.

“Tá tudo caro”, gritaram na ação.

Em nota, Jailma Lopes, integrante da coordenação da juventude do MST, criticou o índice de 19 milhões de brasileiros em situação de fome e 14 milhões em condição de desemprego.

Além disso, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, a Penssan, mostrou em abril deste ano que pelo menos 116,8 milhões de brasileiros passavam por algum grau de insegurança alimentar em dezembro de 2020.

“Uma realidade dura que atormenta as famílias diariamente enquanto o ministro lucra milhões de dólares com investimentos em paraísos fiscais no exterior”, declarou Jailma.

A alta nos preços de itens domésticos também foi tema da manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro no último sábado 2, em mais de 300 cidades brasileiras, e de uma intervenção do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto no prédio da Bolsa de Valores, em São Paulo, no dia 23 de setembro.

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