MPT pede que ex-presidente da Caixa pague R$ 30 milhões por assédio a funcionárias

Os procuradores também pediram que a Caixa seja condenada ao pagamento de R$ 305 milhões por omissão

Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Foto: Flickr

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O Ministério Público do Trabalho pediu, nesta quinta-feira 29, que a Justiça condene o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães a pagar 30,5 milhões de reais pelos danos causados às mulheres que o acusam de assédio moral e sexual. A informação é do G1.

O MPT defendeu que o valor seja revertido a um fundo destinado à proteção dos direitos dos trabalhadores. Também há um pedido de condenação dos integrantes do Conselho de Administração da Caixa à época pela “omissão de cada um em fiscalizar os atos” de Guimarães. O valor de indenização seria de 3 milhões de reais.

Na ação ajuizada, os procuradores afirmam que durante a gestão de Guimarães houve “uma onda de afastamento por doenças mentais”. O documento do MPT aponta que a média de afastamentos por esse motivo foi de 354 funcionários por ano; antes de Guimarães, eram 277 casos anuais.

A defesa de Guimarães criticou, em nota ao G1, a medida do MPT. “O Ministério Público, de maneira açodada e às vésperas da eleição, ajuíza uma ação manifestamente improcedente e eleitoreira. Pedro Guimarães, que juntamente com a sua equipe ganhou todos os prêmios durante a sua gestão na Caixa Econômica Federal, nega categoricamente a prática de qualquer ato irregular”, escreveram os advogados José Luis Oliveira Lima e Luís Augusto Canedo.

O MPT também pediu a condenação da Caixa Econômica Federal em 305 milhões de reais por omissão na investigação dos casos. Os procuradores apontam que a primeira denúncia de assédio contra o ex-presidente aconteceu em julho de 2019, mas que nenhuma providência foi tomada para apurar a acusação.

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