Política

MPF pede apuração sobre suposta participação de Lula no “mensalão”

Após analisar acusações de Marcos Valério, órgão aciona Polícia Federal para investigar o caso

MPF pede apuração sobre suposta participação de Lula no “mensalão”
MPF pede apuração sobre suposta participação de Lula no “mensalão”
Lula durante palestra no 5º Fórum Ministerial de Desenvolvimento, em Brasília, nesta quarta-feira 30. Foto: Pedro Ladeira / AFP
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A Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) anunciou na sexta-feira 5 ter solicitado abertura de inquérito para averiguar as acusações do publicitário Marcos Valério de Souza, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 40 anos de prisão como o operador do “mensalão”, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci. A Policia Federal foi acionada para auxiliar no caso.

Esta é a primeira vez que um inquérito criminal será aberto para investigar se Lula participou ou não do esquema de compra de apoio no Congresso. O ex-presidente não foi investigado na ação julgada em 2012 pelo STF.

O pedido da PRDF se originou de um depoimento de Valério à Procuradoria-Geral da República em setembro, quando o julgamento do “mensalão” havia começado e ele já estava condenado em diversas acusações.

No depoimento, Valério acusou Lula, Palocci e Miguel Horta, ex-presidente da Portugal Telecom, de negociarem uma doação de 7 milhões dólares ao PT. Além de afirmar que Lula teria se beneficiado do esquema.

      

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o publicitário disse que Lula e Palocci estiveram reunidos com Horta no Palácio do Planalto e combinaram o repasse do dinheiro por meio de uma fornecedora da empresa portuguesa na China.

À Folha de S.Paulo, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, declarou não haver “nova informação em relação às publicadas há cinco meses”, época do remetimento das acusações de Valério à primeira instância. Para o advogado de Palocci, José Roberto Batochio, o depoimento é “invencionice”.

O depoimento foi enviado à primeira instância, pois os investigados não têm foro privilegiado. A partir das acusações de Valério, a Procuradoria abriu seis procedimentos preliminares que podem viram inquéritos no futuro.

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