Política
MPF investiga relação entre ataques a torres de energia e atos golpistas
O órgão solicitou informações à Agência Nacional de Energia Elétrica


O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre eventual relação entre os ataques a torres de transmissão de energia elétrica e as ações golpistas executadas em Brasília, em 8 de janeiro, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O procurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, encaminhou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica solicitando informações e “eventuais elementos de prova”.
Segundo o MPF, há duas investigações sobre os casos na 1ª instância. No Paraná, há um inquérito policial para apurar a derrubada de uma torre de transmissão. Em Rondônia, o órgão instaurou uma notícia de fato sobre ocorrências em Rolim de Moura, Itapuã do Oeste e Vilhena.
Na terça-feira 17, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo federal deseja a instalação de câmeras de segurança e o uso de drones a fim de reforçar a segurança de torres de transmissão de energia.
Silveira participou de uma reunião com representantes de empresas do setor, da Aneel e do Operador Nacional do Sistema Elétrico.
“Esta reunião serviu para discutirmos questões fundamentais para a modernização da segurança do sistema de transmissão nacional. Há uma boa vontade muito grande de todos os players do sistema, com implantação de videomonitoramento, com implantação de vigilância via drone e outros instrumentos muito modernos”, afirmou o ministro a jornalistas.
O ONS, entidade responsável pela coordenação e pelo controle das instalações de fornecimento de energia, registrou mais um desligamento de linha de transmissão no Brasil, desta vez em Rondônia, no sábado 14, às 18h43. Segundo o órgão, não houve impactos no atendimento do Sistema Interligado Nacional.
A causa está em apuração, mas há indício de vandalismo, de acordo com o proprietário. Caso o ataque seja confirmado, será o quinto no Brasil desde 8 de janeiro.
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