Política

MPF cobra explicações sobre visita de senador à Terra Yanomami

A presença do parlamentar foi questionada por associação indígena que a classificou como ‘indesejada e desrespeitosa’

O senador Chico Rodrigues, em visita à Terra Yanomami. Reprodução.
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O Ministério Público Federal de Roraima solicitou informações sobre a visita do senador Chico Rodrigues (PSB) à Terra Yanomami. O parlamentar é o presidente da comissão criada para acompanhar a situação dos indígenas.

O pedido feito pelo órgão questiona os objetivos e atividades da comissão. A presença do senador no território indígena foi questionada pela Urihi Associação Yanomami, que afirmou que os líderes da comunidade “foram surpreendidos” com a visita “indesejada e desrespeitosa” do parlamentar.

“Não aceitaremos a presença desses transgressores dentro do nosso território sagrado. Nosso protocolo deve ser consultado e respeitado, mediante ações, decisões e visitas que podem afetar os direitos da população Yanomami”, disse a associação em seu perfil nas redes sociais.

A associação diz que o senador nunca se posicionou a favor dos yanomamis e alega que o parlamentar seria a favor da mineração ilegal no território.

Conforme publicação de Chico Rodrigues, ele esteve no território para acompanhar a situação e as medidas adotadas pelo governo.

“Estou acabando de sair aqui de Surucucu e vim como presidente da Comissão dos Yanomamis acompanhar e verificar in loco a situação do transporte de alimentos, das cestas básicas, verificar inclusive a retirada de garimpeiros em alguns pontos que não pousamos por questão de segurança. Mas observamos que realmente já está sendo bem liberada a área”, escreveu o senador no Twitter.

Outra integrante da Comissão, a senadora Eliziane Gama (PSD), também contestou a visita do colega ao território yanomami.

“Considero um atropelo das ações fazer uma diligência sem um plano de trabalho estabelecido. Estamos tratando de uma questão seríssima do país, por isso, precisamos colocar ordem nas coisas. Lamento que as decisões desta comissão externa já iniciem com obscuridade”, afirmou nas redes sociais.

Segundo a Funai, o senador teria entrado na terra yanomami de forma irregular, sem ter as autorizações necessárias.

Há um mês, só podem entrar nos local profissionais de saúde e saneamento vinculados à Sesai, servidores da Funai e agentes públicos em missão.

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