O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos ainda não apresentou documentos ao Ministério Público Federal e à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão para explicar as declarações feitas pela ex-ministra Damares Alves sobre exploração sexual de crianças na região do Marajó, no Pará. A informação foi confirmada pela procuradoria nesta segunda-feira 17, último dia do prazo.
Na semana passada, um ofício encaminhado ao ministério determinou que as provas sobre as supostas torturas fossem enviadas aos órgãos competentes.
Segundo Damares, senadora eleita pelo Republicanos no Distrito Federal, a pasta teria enviado documentos que comprovam os crimes ao Ministério Público, mas promotores e procuradores afirmam não ter recebido as denúncias.
A pasta informou em nota à imprensa que as informações de Damares eram baseadas em “numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.
Em resposta, o Ministério Público Federal do Pará alegou que “nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia ao MPF sobre tráfico de crianças no Marajó mencionou torturas citadas por Damares”. A Polícia Civil do Pará também informou não haver investigações relacionadas às denúncias.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login