Política
MP junto ao TCU pede investigação da PRF por omissão
Vídeos mostram que policiais federais não atuaram para conter as manifestações golpistas que bloqueiam rodovias federais
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União protocolou um pedido de investigação quanto a possível omissão da Polícia Rodoviária Federal no combate aos bloqueios nas rodovias federais feitos por bolsonaristas insatisfeitos com a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
No pedido, o sub-procurador-Geral Lucas Furtado chamou os manifestantes de “baderneiros” e apontou a “extrema gravidade” dos atos, que se configuram como atitudes antidemocráticas e reforçam o clima hostil na sociedade.
“Nessa situação, o mínimo esperado seria uma atitude contundente e certeira dos órgãos públicos correlatos, porém, ao que parece, não é o que está acontecendo”, afirma.
O procurador pediu para serem avaliados os procedimentos adotados pela PRF para combater a interdições, visando entender se houve emissão, descumprimento de ordem judicial ou incentivo e fomento aos embaraços.
Caso sejam comprovadas as irregularidades na conduta da corporação, o procurador pede que sejam apontadas as responsabilizações dos agentes do alto escalão da PRF e dos policiais envolvidos nas operações.
O diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, havia informado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal que a corporação não tinha efetivo para conter as manifestações golpistas nas rodovias.
Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver policiais federais afirmando que não fariam nada com relação aos bloqueios. Em uma das imagens gravadas em Palhoça (SC), um policial diz que a ordem é somente estar no local.
Na manhã desta terça-feira 1, o ministro determinou que as Polícias Militares fossem acionadas para auxiliar no desbloqueio das estradas.
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