O Ministério Público Eleitoral pediu a rejeição das contas de campanha do governador reeleito do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do seu vice, Thiago Pampolha (União Brasil, por uma suposta ‘omissão de despesas’ na prestação enviada ao Tribunal Regional Eleitoral.
No parecer, assinado pela procuradora Neide Cardoso de Oliveira, o órgão alega que cerca de 3.2 milhões de reais oriundos do fundo partidário não foram comprovados na prestação de contas. Além disso, argumenta, a campanha do governador reeleito reajustou em 52% o valor de um contrato com uma empresa de comunicação sem apresentar justificativa.
“Tais irregularidades são, inequivocamente, suficientes para a rejeição das contas, por representarem vícios graves e insanáveis, referentes à movimentação financeira da campanha e à correspondente prestação de contas de campanha, o que compromete a correta análise das finanças utilizadas na campanha e enseja a desaprovação dessas”, escreveu o MPE.
A Procuradoria ainda aponta a contratação de três empresas responsáveis pelo aluguel de veículos sem que elas apresentassem condições de oferecer o serviço contratado. Assim, defende a procuradora, cerca de 2.2 milhões de reais do fundo eleitoral teriam sido usados de forma irregular.
O parecer do MPE, com em um relatório técnico feito pela Assessoria de Contas Eleitorais e Partidárias do TRE-RJ, sugere à Corte ainda que a coligação “Rio Unido e mais Forte” devolva os recursos ao Tesouro Nacional.
Procurada por CartaCapital, a defesa de Cláudio Castro ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.
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