O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu que a Corte bloqueie os bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres.
O pedido, assinado pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado e enviado ao presidente do TCU, Bruno Dantas, é justificado pelos atos terroristas promovidos por apoiadores do ex-capitão no último domingo 8. Criminosos invadiram as sedes dos Três Poderes, destruíram obras de arte e furtaram documentos e armas do Gabinete de Segurança Institucional.
“Em razão de processo de Tomada de Contas e do vandalismo ocorrido no Distrito Federal no dia 8 de janeiro de 2023, que provocou inúmeros prejuízos ao erário federal, solicito seja decretada a indisponibilidade de bens”, escreveu Furtado.
De acordo com um relatório preliminar divulgado pela Câmara, os danos provocados na Casa já ultrapassam os 3 milhões de reais. O valor considera objetos e equipamentos que podem ser repostos, como computadores, vidros, veículos e outros itens de mobiliário.
No documento, o subprocurador ainda solicita a “indisponibilidade de bens de outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”.
O TCU abriu uma investigação preliminar para identificar os responsáveis por financiar, idealizar e executar os atos golpistas na capital federal. O inquérito está sob a relatoria do ministro Vital do Rêgo e tem Ibaneis e Torres como principais alvos.
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