Mourão: Pedidos contra STF e volta da ditadura são ‘liberdade de expressão’

'Normais, sem maiores complicações, com um pouco mais de gente do lado dos apoiadores do governo. Só isso', minimizou o vice-presidente

O VICE-PRESIDENTE HAMILTON MOURÃO. FOTO: ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

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O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) avaliou nesta segunda-feira que pedidos de fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e de instalação de uma ditadura no País, como vistos ontem em atos governistas, são “liberdade de expressão”. Pedir intervenção militar, no entanto, é inconstitucional.

“É liberdade de expressão. Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer”, declarou o vice-presidente a jornalistas no Palácio do Planalto. Ele também tentou justificar a menor adesão de populares aos atos governistas realizados ontem, em comparação com manifestações anteriores. “Não houve convocação tão grande como em 7 de setembro, e a motivação era outra também”, afirmou. “Normais, sem maiores complicações, com um pouco mais de gente do lado dos apoiadores do governo. Só isso”.

Pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul com apoio de Bolsonaro, apesar da relação conflituosa que tem com o presidente, Mourão ainda criticou o ex-presidente Lula pela fala recente sobre policiais. O petista afirmou que Bolsonaro não gosta de gente, só de policial, o que gerou polêmica. O pré-candidato a presidente já pediu desculpas públicas à categoria. “Lula ultimamente só tem atravessado o samba. Problema é dele, tem que medir as palavras”, declarou o general da reserva.

As eleições na França também foram alvo dos comentários de Mourão, segundo quem há uma “mudança no mundo”. “A juventude votou mais à direita do que à esquerda na França. Está havendo uma mudança no mundo”, avaliou. O presidente francês, Emmanuel Macron, foi reeleito conseguiu barrar a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, embora com margem mais apertada em relação à disputa passada.

 

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