Política

Mourão nega ter recebido orientação de Bolsonaro para não se vacinar

Vice-presidente recebeu a segunda dose da vacina na segunda-feira, dia 26

Foto: Bruno Batista /VPR
Apoie Siga-nos no

O vice-presidente Hamilton Mourão negou nesta quarta-feira, 28, que exista uma orientação do governo quanto à vacinação de membros do Executivo. Na terça-feira, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, afirmou que recebeu o imunizante “escondido” conforme orientação.

“Essa recomendação não existe, porque o ministro Paulo Guedes (da Economia) foi filmado tomando vacina. Eu também. Outros ministros também, uma turma mais nova aí. A ministra Tereza Cristina (da Agricultura) também já foi vacinada, então acho que é bobagem isso”, declarou Mourão na chegada à vice-presidência nesta manhã.

“Não tem essa orientação (para não se vacinar). Isso não existe” reforçou. Aos 67 anos, Mourão recebeu a segunda dose da vacina na segunda-feira, dia 26. Questionado sobre a fala de Ramos de ontem, o vice-presidente disse não saber o motivo da declaração e informou não ter conversado sobre o assunto com o ministro.

Em reunião do Conselho de Saúde Suplementar (Consu) na terça-feira, Ramos disse: “Tomei (a vacina) escondido, né, porque era a orientação, mas vazou (…). Não tenho vergonha, não. Vou ser sincero: eu, como qualquer ser humano, quero viver”.

A fala foi gravada e transmitida ao vivo nas redes sociais do Ministério da Saúde, que depois apagou a publicação. Depois, o ministro afirmou no Twitter que foi vacinado, mas “não quis fazer desse momento individual um ato político”. O general disse ainda que estão inventando “crise onde não existe”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo