Política
Mourão minimiza bandeiras a favor do AI-5 em manifestações bolsonaristas
Assinado em 1968, o AI-5 é o símbolo do endurecimento da ditadura militar instalada no Brasil naquela época ao permitir, por exemplo, o fim do habeas corpus e o fechamento do Congresso Nacional
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou nesta segunda-feira 16 a gravidade da presença de bandeiras a favor do Ato Institucional número 5 (AI-5) em manifestações bolsonaristas. “Isso aí já passou”, disse o general da reserva a jornalistas no Palácio do Planalto.
Assinado em 1968, o AI-5 é o símbolo do endurecimento da ditadura militar instalada no Brasil naquela época ao permitir, por exemplo, o fim do habeas corpus e o fechamento do Congresso Nacional. Apologias à ditadura militar são consideradas inconstitucionais.
“Cada fase da história do Brasil tem suas características e seus aspectos. Isso aí já passou, né? Quem nasceu em 68 tem quantos anos hoje? 54? Tem gente que sai de foice e martelo, ainda. Cada um com sua loucura”, declarou o vice-presidente nesta manhã.
No domingo, dia 15, o presidente Jair Bolsonaro (PL) também minimizou a defesa do AI-5 por parte de seus apoiadores. “Um maluco levanta uma faixa lá: AI-5, existe AI-5? Tem que ter pena do cara”, afirmou o chefe do Executivo, que é defensor do regime militar.
Mourão ainda evitou comentar nesta segunda suas expectativas em torno do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, nomeado por Bolsonaro em meio à pressão do governo sobre a Petrobras para contenção do aumento dos combustíveis. “Não tenho como te responder, vamos aguardar”, limitou-se a dizer o vice-presidente.
Leia também
Eduardo Bolsonaro e Daniel Silveira são os que mais recebem denúncias no Conselho de Ética
Por CartaCapitalPoderData: Lula herda 18% dos eleitores de Bolsonaro em 2018
Por CartaCapital‘Pergunta para o Sachsida’, diz Bolsonaro sobre chance de trocar de novo o comando da Petrobras
Por CartaCapitalEntre Lula e Bolsonaro, PSDB deve ter candidato próprio mesmo que seja para perder, diz Aécio
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.