O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta segunda-feira 11 que se vacinará contra a Covid-19 e que não pensa em “furar a fila” – ou seja, não receberá o imunizante antes das pessoas definidas pelos critérios de prioridade do Ministério da Saúde.
Mourão declarou que só anteciparia a sua vacinação para efeito “propagandístico”, a fim de incentivar outras pessoas a aderirem à campanha de imunização.
Ele defendeu a vacina como uma estratégia coletiva de combate à Covid-19. “Eu acho que a vacina é para o país como um todo, é uma questão coletiva, não individual. O indivíduo aqui está subordinado ao coletivo, neste caso”, disse Mourão.
As afirmações do vice-presidente vão na contramão das proferidas pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem repetido a declaração de que não se vacinará. O presidente também é a favor de um plano de vacinação voluntário.
Recentemente, ao questionar o Palácio do Planalto sobre a adesão de Bolsonaro à campanha de imunização, a revista Época foi informada, via Lei de Acesso à Informação, que a carteira de vacinação do presidente está sob sigilo por cem anos.
O vice-presidente Hamilton Mourão voltou ao trabalho nesta segunda depois de cumprir doze dias de isolamento no Palácio do Jaburu para se recuperar da Covid-19.
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