Política

Motta se reúne com esposa de condenado pelo 8 de Janeiro e oposição fala em ‘esperança’

Declarações do presidente da Câmara sobre os atos golpistas animaram a tropa de choque bolsonarista

Motta se reúne com esposa de condenado pelo 8 de Janeiro e oposição fala em ‘esperança’
Motta se reúne com esposa de condenado pelo 8 de Janeiro e oposição fala em ‘esperança’
Hugo Motta (Republicanos-PB) comanda sessão na Câmara dos Deputados. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu nesta terça-feira 11 com a esposa de um dos condenados por envolvimento nos atos de 8 de Janeiro de 2023.

Em uma agenda organizada pela oposição ao governo Lula (PT), Motta esteve no Plenário Ulysses Guimarães com Vanessa Vieira, cujo marido, Ezequiel Ferreira Luís, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 14 anos de prisão.

Após a reunião, o líder da oposição, Coronel Zucco (PL-RS), afirmou que Motta foi “muito solícito à pauta”. O bolsonarista também disse ter esperança de que o presidente da Câmara pautará o projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes.

A tropa de choque de extrema-direita na Congresso se animou ainda mais depois de Motta tentar, na última sexta-feira 7, minimizar o 8 de Janeiro.

O deputado afirmou, em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa (PB), ter havido uma “agressão inimaginável” às instituições, mas rejeitou o intuito golpista por trás dos atos de 2023.

“Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, afirmou  a liderança do Centrão. “Ali foram vândalos, baderneiros que queriam, com a inconformidade com o resultado da eleição, demonstrar sua revolta.”

A alegação de Motta gerou enfáticas reações de aliados do presidente Lula (PT).  “O 8 de Janeiro foi uma tentativa de golpe”, devolveu o novo líder do PT na Câmara, Lidbergh Farias (RJ). “Tinha um plano de assassinar Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin. Era tudo uma tentativa de golpe. O 8 de Janeiro era a última tentativa.”

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