Política

Motta rejeita discurso de bolsonaristas e diz que não há exilados políticos no Brasil

O presidente da Câmara ainda afirmou que todos os problemas do País decorrem da injustiça e que é dever da Casa combatê-las, garantindo a liberdade do povo

Motta rejeita discurso de bolsonaristas e diz que não há exilados políticos no Brasil
Motta rejeita discurso de bolsonaristas e diz que não há exilados políticos no Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou nesta quarta-feira que, nas últimas décadas, não houve perseguições políticas e exilados políticos no Brasil. As falas foram durante sessão solene da Câmara, pelos 40 anos da redemocratização brasileira.

“Não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático, não tivemos mais jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais”, declarou.

Ainda durante o seu discurso, Motta disse que todos os problemas do País decorrem da injustiça e que é dever da Casa combatê-las. “Sem nunca esquecer que a maior de todas as injustiças é privar um povo de sua liberdade”, acrescentou.

“A democracia não é uma conquista definitiva, Senhoras e Senhores. É um fogo sagrado, que ilumina e aquece, mas que se apagará se não for constantemente alimentado, trazendo de volta as trevas. O passado nos ensina que, se a liberdade for negligenciada, sempre haverá mãos dispostas e ávidas por confiscá-la”, completou.

O presidente da Câmara finalizou o discurso dizendo que seguira a Constituição na defesa dos brasileiros. “Podemos celebrar, mas nunca esquecer: a democracia é um bem inegociável. Seguirei usando a carta magna como uma bússola na defesa do Brasil e dos brasileiros”.

As declarações do presidente da Câmara acontecem um dia após Eduardo Bolsonaro (PL-SP) decidir se licenciar do cargo de deputado federal e justificar a decisão de permanecer nos Estados Unidos como um ‘exílio político’, mencionando uma suposta perseguição por parte do Supremo Tribunal Federal.

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