Política

Motta nega ‘sentimento de traição’ após rejeição da PEC da Blindagem no Senado

A decisão dos senadores de derrubar a proposta irritou líderes do Centrão

Motta nega ‘sentimento de traição’ após rejeição da PEC da Blindagem no Senado
Motta nega ‘sentimento de traição’ após rejeição da PEC da Blindagem no Senado
Motta e Alcolumbre tiveram dificuldade para reassumir o comando das mesas diretoras da Câmara e do Senado – Imagem: Jonas Pereira/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou nesta quinta-feira 25 que exista um “sentimento de traição” após o Senado enterrar a PEC da Blindagem, que foi aprovada na semana passada na Câmara. Segundo Motta, ele respeita a posição dos senadores.

Motta negou ter se sentido traído pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), que anunciou o arquivamento do texto horas depois de a Comissão de Constituição e Justiça aprovar um parecer pela inconstitucionalidade. “Não tem sentimento de traição nenhum, até porque nós temos a condição de saber que não obrigatoriamente uma Casa tem que concordar 100% com aquilo que a outra aprova”, disse.

A decisão do Senado de ouvir o apelo popular derrubar a PEC da Blindagem irritou líderes do Centrão, conforme mostrou CartaCapital. O descontentamento resulta da avaliação de que a Câmara ficou “exposta” com o que deputados consideram uma “tramitação relâmpago da proposta”.

O presidente das Câmara, entretanto, reforçou sua boa relação com Alcolumbre. “Nós temos uma boa relação com o presidente do Senado, a quem respeitamos. Sempre quando tratamos de temas polêmicos como esse, é natural que o presidente de uma Casa converse com o presidente da outra. Então, o Senado estava, sim, atento às movimentações da Câmara sobre esse tema”, declarou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo