Economia
Motta não descarta corte nos R$ 50 bilhões de emendas, mas faz ressalvas
O presidente da Câmara afirmou ser necessário afastar tentativas de criminalização desses repasses
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira 4 que as emendas parlamentares podem ser “objeto de avaliação” em um esforço fiscal. Ressalvou, porém, ser necessário afastar a criminalização dessas verbas.
Após a decisão do Congresso Nacional de derrubar os decretos do presidente Lula (PT) sobre o IOF, petistas e governistas pautaram nas redes sociais a discussão de temas como a taxação de grandes fortunas, as críticas ao aumento no número de deputados e os gastos dos parlamentares. As publicações turbinaram hashtags como “Ricos paguem a conta’ e “Congresso Inimigo do Povo”.
O Orçamento deste ano prevê 50 bilhões de reais em emendas.
“As emendas parlamentares fazem parte do Orçamento e, portanto, podem ser objeto de avaliação dentro de um esforço conjunto para assegurar responsabilidade fiscal”, disse Motta à GloboNews.
Esse debate, porém, tem de acontecer “de forma criteriosa”, segundo ele, a fim de considerar “tanto a necessidade de contenção de despesas quanto a importância das emendas para atender demandas locais e regionais”.
Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara critica o que considera uma tentativa de criminalizar as emendas por parte de alguns críticos. “Não se pode voltar ao tempo em que era possível deixar o Parlamento subserviente aos demais Poderes.”
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Governo pode provar ao STF que viés do IOF não é de arrecadação, diz o número 2 de Haddad
Por CartaCapital
Os sinais de Moraes que tornam imprevisível uma conciliação sobre a crise do IOF
Por Leonardo Miazzo
Como a crise do IOF fez o PT virar o jogo nas redes e emplacar uma nova bandeira
Por André Barrocal



