Política

Mortes violentas caem 2,2% nos primeiros 10 meses de 2023

São Paulo e Amapá registraram as maiores taxas de vítimas; Bahia foi o estado com maior número de mortes por intervenção da polícia

Morticínio. Em 2022, foram registradas 1.464 mortes decorrentes de intervenção policial na Bahia, o maior número do País – Imagem: iStockphoto
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O número de mortes violentas no País nos primeiros dez meses do ano teve uma queda de 2,2%, segundo dados compilados pelo Ministério da Justiça, divulgados nesta quarta-feira 27. 

Entre janeiro e outubro, 71.078 pessoas morreram por causas violentas no Brasil, uma média de 234 mortes por dia. 

Entre os tipos de crimes envolvidos na estatística estão homicídios, feminicídios, morte por intervenção policial, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, mortes no trânsito ou decorrentes de suicídio. 

Apenas nos dois primeiros meses do ano o número de mortes violentas superou o de 2022, nos demais meses o índice se manteve menor. 

São Paulo foi o estado que registrou o maior número de mortes violentas no período. Ao todo foram 8.807 vítimas. Ele é seguido pela Bahia e pelo Rio de Janeiro. 

O Amapá é o estado com a maior taxa de mortes violentas considerando o tamanho da população. Foram 564 vítimas registradas no período. 

A Bahia ainda registrou um dado preocupante. Das 5.268 mortes por intervenção policial em todo o País, 27% foi registrado no estado do Nordeste. O número é superior ao do Rio de Janeiro e de São Paulo.

O País ainda registrou 22 mil mortes sem causa determinada. Mais da metade ocorreu em São Paulo, seguido do Paraná e do Rio de Janeiro. 

Com relação a outros crimes como estupro e tentativas de homicídio, todos os números de 2023 são melhores que os do ano anterior, embora os dados ainda mostrem um cenário preocupante. 

Nos dez primeiros meses do ano foram registrados 64.910 estupros, 1,4% a menos do que no mesmo período de 2022. 

Roubo e furto também caíram 3,3% no período, segundo dados disponíveis pelo governo. 

Ainda conforme dados da Justiça, no ano foram apreendidas 85.388 armas de fogo, uma alta de 1,5% em relação do mesmo período de 2022. 

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