Política

Moro viaja aos Estados Unidos e adia audiência na Câmara

Agenda do ministro inclui compromissos em Washington e se estende até quarta-feira 26

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Justiça, Sergio Moro, adiou sua audiência na Câmara dos Deputados para a próxima semana. Ele foi convidado por parlamentares para depor nesta quarta-feira 26 sobre o escândalo dos vazamentos que revelaram trocas de mensagens com procuradores da Operação Lava Jato. O conteúdo divulgado pelo site The Intercept Brasil reforça a tese de que o então juiz teria agido com parcialidade na condução do processo.

Após protagonizar o noticiário político na última semana, Moro viajou para os Estados Unidos no sábado 22 e cumprirá agenda nos principais órgãos de segurança e inteligência do governo americano até o dia 26. O calendário inclui compromissos em Washington. Segundo nota do Ministério da Justiça, o objetivo da ida ao exterior é “reunir experiências e boas práticas para fortalecer as operações integradas no Brasil”.

A oposição reagiu ao cancelamento da audiência por Moro. Para a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann (PT-PR), o ministro da Justiça está “fugindo”. “Fugiu?! O que teme Moro? A convocação foi transformada em convite e ele tinha marcado sua ida. Agora voltará a ser convocação. Moro tem muitas explicações para dar ao Brasil”, publicou em sua conta no Twitter no domingo 23.

Para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), a viagem de Moro aos EUA é “estranha”. “Que baita coincidência Moro e Dallagnol ao mesmo tempo nos Estados Unidos num momento em que eles não podem se encontrar no Brasil”, postou em sua rede social.

Na terça-feira 18, o parlamentar foi a Bruxelas, na Bélgica, para entregar um relatório ao Parlamento Europeu sobre a “participação secreta e ilegal” dos Estados Unidos na Operação Lava Jato. Em nota, o Partido afirma existir um conluio entre a Lava Jato e o governo americano, “com objetivos geopolíticos a fim de tirar o protagonismo internacional do Brasil”.

Entre os desdobramentos atribuídos à operação estariam o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, o enfraquecimento dos BRICS e do G-20 e a entrega do petróleo do pré-sal a petroleiras estrangeiras, principalmente americanas, por preços irrisórios.

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