Moro estava em Curitiba quando despachou contra Lula, diz assessoria

Segundo Justiça Federal do Paraná, magistrado não deixou o País desde que entrou de férias

Apoie Siga-nos no

A assessoria da Justiça Federal do Paraná informou a CartaCapital nesta quarta-feira 11 que o juiz Sérgio Moro está em Curitiba desde o início de suas férias, em 2 de julho. De acordo com a equipe de comunicação, ele não estava em Portugal quando se recusou a atender à determinação de Rogério Favreto, desembargador do Tribunal Federal da 4ª Região, de soltar o ex-presidente.

Relatos de que Sérgio Moro estaria na Europa quando despachou foram reproduzidos por diversos veículos, entre eles CartaCapital. As matérias do site da revista que citaram a informação já foram atualizadas.

Leia também:
STJ nega liberdade a Lula e critica desembargador do TRF4
Após batalha sobre Lula, Favreto tem 9 processos no CNJ e Moro, 4

Ao Conselho Nacional de Justiça, que investigará Moro por sua atuação na batalha de decisões do domingo 8, o magistrado afirmará não ter deixado o Brasil durante suas férias. Formalmente, seu período de descanso teve início em 2 de julho e se encerra em 31 de julho.

Mesmo no Brasil, Moro abandonou a folga para despachar contra Lula. Ele recusou-se a acatar a decisão de Favreto e, por orientação de Thompson Flores, presidente do TRF4, preferiu consultar João Pedro Gebran Neto, relator do caso de Lula no tribunal. Gebran Neto revogou a decisão de Favreto. Com a insistência do desembargador plantonista em determinar a libertação de Lula, Flores interferiu e manteve o petista preso.

Após a batalha judicial, foram abertos quatro procedimentos contra Moro no CNJ e nove contra Favreto. Além da dupla, Gebran Neto também será investigado pelo conselho. Antes da polêmica do domingo 8, Moro responde ou respondeu a 38 processos no CNJ, sendo que 26 deles foram arquivados.


 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.