Política

Moro aceita denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia

Condenado recentemente pelo juiz a nove anos e meio de prisão, o ex-presidente tornou-se réu pela terceira vez no âmbito da operação

Moro aceita denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia
Moro aceita denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia
No total, o ex-presidente é réu em seis ações penais distintas na Justiça
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Novamente pelas mãos de Moro, Lula tornou-se mais uma vez réu na Lava Jato. É a terceira denúncia aceita pela Justiça contra o ex-presidente no âmbito da operação.

Nesta terça-feira 1, o juiz de Curitiba acatou a denúncia do Ministério Público Federal contra o petista por corrupção e lavagem de dinheiro relacionada às obras do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo. No total, o ex-presidente é réu em seis ações penais distintas na Justiça.

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Além de Lula, tornaram-se réus outros 12 investigados, entre eles diversos executivos da Odebrecht e da OAS. Alguns dos acusados são Rogério Pimentel, segurança do ex-presidente, Fernando Bittar, apontado pela defesa de Lula como verdadeiro proprietário do sítio, e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.

Segundo a denúncia do MPF, a Odebrecht, a OAS e a também empreiteira Schahin gastaram pouco mais de 1 milhão de reais em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras.

Recentemente, Moro condenou lula a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá.

Na decisão que acatou a nova denúncia, Moro destaca que “não há qualquer registro de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha pago qualquer valor por essas reformas realizadas no sítio de Atibaia”. Segundo ele, caberá a Lula demonstrar se arcou com alguma das despesas, com prova documental, o que poderia fazer “com facilidade” por meio de transferências bancárias e outros documentos.

Moro afirma que os elementos probatórios juntados pelo MPF e pela PF permitem “em cognição sumária” a conclusão de que o ex-presidente “comportava-se como proprietário” do local e que “pessoas e empresas envolvidas em acertos de corrupção em contratos com a Petrobras custearam reformas na referida propriedade”.

Moro diz que ainda não se ouviu “uma explicação” de Lula para o motivo de Bumlai, a OAS e a Odebrecht “terem custeado reformas” no sítio, “este de sua frequente utilização”. 

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