Política
Moraes nega pedido de Zambelli para visitar presas do 8 de Janeiro
Em seu despacho, o ministro alegou que a própria deputada é investigada no inquérito das fake news e ré em uma ação penal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou nesta quinta-feira 12 o pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para visitar presas do 8 de Janeiro. Em seu despacho, Moraes alegou que a própria deputada é investigada no inquérito das fake news e ré em uma ação penal.
O pedido de Zambelli foi enviado na semana passada à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape). O órgão encaminhou o pedido para Moraes, que negou o pedido da parlamentar.
“Embora a requerente exerça o cargo de deputada federal, verifica-se que Carla Zambelli é investigada no Inq. 4.781/DF, o qual apura a existência de notícias fraudulentas (fake news), denunciações caluniosas, ameaças e infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança desta Suprema Corte, de seus membros e familiares”, escreveu o ministro.
Ele lembrou ainda que ela é ré no próprio Supremo em uma ação penal que investiga a suspeita de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na solicitação, Zambelli justificou que teria direito à visita por ser “representante do povo e dentro de suas atribuições e prerrogativas constitucional e infraconstitucionalmente previstas”, sem explicar o motivo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Condenado por quebrar relógio histórico no 8 de Janeiro começa a cumprir pena de 17 anos
Por Wendal Carmo
Com cerco se fechando, condenados pelo 8 de Janeiro fogem da Argentina
Por CartaCapital



