Moraes mantém a prisão de coronel da PM do DF pelos atos golpistas de 8 de Janeiro

A decisão acolhe uma recomendação da PGR contra Jorge Eduardo Naime

O coronel Jorge Eduardo Naime. Foto: Reprodução Foto: Divulgação/PM-DF

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, manteve nesta sexta-feira 19 a prisão preventiva do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal, por suspeita de envolvimento nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

A defesa argumentava que “a prisão, mantida para preservar as investigações, não faz mais sentido a esta altura, considerados os depoimentos colhidos, laudos e perícias já produzidas neste inquérito e em processos diversos”.

Nesta semana, porém, a Procuradoria-Geral da República defendeu a manutenção da prisão preventiva. “Neste momento, eventual soltura do coronel poderia representar riscos às investigações”, argumentou o procurador Carlos Frederico Santos.

Moraes anotou nesta sexta ser necessário “esclarecer a real motivação de sua ausência em momento tão sensível, gravidade essa por todos conhecida, ou o que efetivamente ocorreu com relação ao que o próprio requerente denomina ‘apagão da inteligência'”.

O ministro também mencionou um relatório parcial da PF a apontar que “houve a intenção deliberada do comando da Policia Militar do Distrito Federal em não atuar para evitar e conter os atos antidemocráticos do dia 8/1/2023, com o conhecimento e anuência de JORGE EDUARDO NAIME BARRETO, coronel que chefiava o Departamento de Operações (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal, que, ainda que estivesse em período de licença regulamentar, não se furtou a tomar conhecimento dos fatos, além de se dirigir à Praça dos Três Poderes, agindo no mesmo sentido”.

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