O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estabeleceu nesta sexta-feira 2 o prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre um pedido de parlamentares do PSOL para que sejam investigados o pastor Silas Malafaia e a deputada Carla Zambelli (PL-SP), autores de declarações golpistas.
Em vídeo publicado nesta semana, Zambelli estimula militares a não reconhecerem a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL).
“Dia 1º de janeiro, senhores generais quatro estrelas, vão querer prestar continência a um bandido ou à nação brasileira?”, perguntou a deputada de extrema-direita. “Não é hora de responder com carta se dizendo apartidário. É hora de se posicionar. De que lado da história vocês vão ficar?”
Malafaia, por sua vez, pediu em vídeo que Bolsonaro convocasse uma intervenção das Forças Armadas: “Senhor presidente Jair Messias Bolsonaro, o senhor é o presidente legal em exercício, o senhor tem poder de convocar as Forças Armadas para botar ordem na bagunça”.
Segundo a ação do PSOL, a conduta de Zambelli e Malafaia poderia ser enquadrada como um crime contra as instituições democráticas, por “tentar abolir o Estado Democrático de Direito” e “tentar depor o governo legitimamente constituído”.
A bancada do partido também pediu a quebra de sigilos da deputada e do pastor, a fim de averiguar se eles participaram dos atos antidemocráticos promovidos após a vitória de Lula na eleição.
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