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Moraes libera entrevista de Bolsonaro em podcast e pede manifestação da defesa

O programa é comandado por Rafael Ferri, um ex-integrante da plataforma Traders Club, voltada ao mercado financeiro

Moraes libera entrevista de Bolsonaro em podcast e pede manifestação da defesa
Moraes libera entrevista de Bolsonaro em podcast e pede manifestação da defesa
Réu por tentativa de golpe, Bolsonaro é interrogado pelo STF. Foto: EVARISTO SA / AFP
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu sinal verde à participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no podcast Café com Ferri. A autorização, dada nesta quinta-feira 2, depende da vontade do ex-capitão, em prisão domiciliar desde agosto. Por isso, o magistrado pediu que a defesa de Bolsonaro se manifeste em até cinco dias sobre o interesse em conceder a entrevista.

O podcast é comandado por Rafael Ferri, um ex-integrante da plataforma Traders Club, voltada ao mercado financeiro. Ao pedir autorização para realizar a entrevista, ele garantiu ao STF que a participação não será transmitida ao vivo e respeitará as determinações impostas pelo magistrado ao colocar Bolsonaro em detenção.

Em seu perfil no X (ex-Twitter), Ferri disse na semana passada considerar ter chegado o momento do capitão reformado conceder uma entrevista. “Quantidade de pessoas falando em seu nome saiu absolutamente do controle. A verdadeira direta respeita o líder ou é torcida de internet? Saberemos em breve”, escreveu o influenciador.

Na segunda-feira, Moraes determinou que os advogados do ex-capitão se manifestassem sobre o interesse do seu cliente em conceder entrevista à revista Veja. A solicitação partiu da Editora Abril, responsável pelo periódico. Antes, o ministro já havia solicitado uma posição da defesa em relação a pedido formulado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Apontado como chefe da organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelo STF. O ex-presidente foi colocado em prisão domiciliar por ter descumprido medidas cautelares fixadas pelo tribunal em julho.

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