Política
Moradores de rua podem ser mais resistentes à Covid-19 por falta de banho, diz Russomanno
Candidato também criticou isolamento social feito por Bruno Covas e João Doria
O candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Republicanos, Celso Russumano, disse que pessoas em situação de rua e usuários de drogas na Cracolândia podem ser “mais resistentes do que a gente” à Covid-19 “porque convivem o tempo todo nas ruas, não têm como tomar banho”.
“Todo mundo esperava que a Covid tomasse conta de todo mundo, até porque, eles não têm o afastamento que foi pré-estabelecido pela OMS…e, eles estão aí, nós temos casos pontuais, e não temos uma quantidade imensa de moradores de rua com problema de Covid. Talvez eles sejam mais resistentes do que a gente, porque eles convivem o tempo todo nas ruas, não tem como tomar banho todos os dias, etc e tal”, afirmou.
A declaração foi dada nesta terça-feira 13 durante um encontro na Associação Comercial de São Paulo, na região central da cidade.
Na agenda, o candidato ouviu demandas dos empresários do setor e criticou a maneira como o governo de São Paulo e a Prefeitura conduziram as medidas de restrição contra o coronavírus na capital paulista.
Russomano criticou o isolamento feito pela gestão de Bruno Covas, que chamou de penduricalho do governo Joao Doria, e se mostrou favorável ao isolamento vertical, medida não comprovada cientificamente, mas também defendida pelo presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia.
“Esse isolamento deveria ter sido feito, depois dos primeiros 30 dias, de forma vertical, cuidando das pessoas com problemas respiratórios, das pessoas cardíacas, dos idosos, das pessoas com deficiência…deveria ter sido cuidado disso, e não fechado o comércio do jeito que foi feito, quebrando e desempregando todo mundo, agora nós vamos ter que consertar isso tudo. E não vai ser fácil não…”, disse Russomanno.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.


