Política

‘Moleque’: Salles bate boca com parlamentares durante audiência na Câmara

O ministro foi convidado a explicar as medidas adotadas para reduzir o desmatamento no País

O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A audiência de Ricardo Salles na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira 3 foi marcada por bate-bocas. O ministro do Meio Ambiente foi convidado a explicar às comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Viação e Transportes as medidas adotadas pela pasta para reduzir o desmatamento.

Após ouvir críticas dos deputados Rodrigo Agostinho (PSB-SP) e Paulo Guedes (PT-BA), Salles atacou os parlamentares.

“O deputado Paulo Guedes direcionou um total de zero emendas para a área ambiental. O deputado Agostinho, que se coloca como ambientalista, mandou 200 mil reais de emenda para a área, ou seja, a de número 65. Tem 64 parlamentares que não se colocam como ambientalistas e mandaram mais recursos para a Casa”, destacou no início de sua declaração.

O tom na Câmara subiu quando Salles fez uma comparação entre o deputado Paulo Guedes e o seu homônimo, o ministro da Economia, citando “a recomposição de recursos orçamentários, feita pelo outro Paulo Guedes, aquele que é competente e prestigiado pela sociedade brasileira. Aliás, cada um tem o Paulo Guedes que merece”.

O parlamentar questionou as declarações do ministro e rebateu: “Deixa de ser moleque”.

Sobre o deputado Rodrigo Agostinho, Salles afirmou que ele, após um mandato como prefeito de Bauru (SP), teria deixado uma dívida de 33 milhões de reais, por desrespeito às regras ambientais. “Antes de falar do legado do meio ambiente, cuide de lá do seu município de Bauru, que tem muitos problemas”.

O bate-boca continuou. Agostinho retrucou: “Tome vergonha na sua cara”. Salles, então, o chamou de “ambientalista de palanque”.

O ministro do Meio Ambiente compareceu à audiência a pedido dos deputados Camilo Capiberibe (PSB-AP), Joenia Wapichana (Rede-RR), Coronel Tadeu (PSL-SP) e José Medeiros (Podemos-MT).

A sessão foi transmitida pela TV Câmara. O desentendimento aconteceu por volta de duas horas e doze minutos do vídeo abaixo:

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