Política

Mistura de óleo e água dá azia

Ex-inimigos, Garotinho e César Maia tentam voltar à Prefeitura do Rio através de seus filhos, Clarissa e Rodrigo

Clarissa Garotinho sabe o que quer e o que faz, mas não disse ainda se aprova aliança costurada pelos pais. Foto: Blog da Clarissa Garotinho
Apoie Siga-nos no

Há dias, postei aqui um texto sobre o parlamento brasileiro. Fui chamado até de articulador de uma retomada de poder pela direita deste País. Como levantei a discussão, é meu dever profissional escrever o que penso e ler o que não desejaria. Ainda bem que existe este espaço democrático para receber nossas opiniões e desabafos. Tudo livre.

Agora, que tal falarmos do Executivo? Em São Paulo, as eleições para prefeito estão se desenvolvendo na mais perfeita bagunça, com todo mundo “falastrando” e dando seus pareceres, por mais malucos que pareçam. Aliás, a propósito, aconselho a leitura dos textos de Gianni Carta, “Serra não sabia que País é República” e do Mino, “”, aqui mesmo no CC.

Com foco no Rio, vejo a aliança do PR, leia-se Anthony Garotinho, ex-governador do Estado, com o DEM, de César Maia, ex-prefeito da Capital.  Ambos querendo voltar à Prefeitura do Rio através de seus filhos, a deputada estadual Clarissa Garotinho e o deputado federal Rodrigo Maia. Ela, candidata; ele, vice.

Conheço pessoalmente os quatro envolvidos. O sisudo Rodrigo é o oposto da figura bonita e simpática de Clarissa. Só que ela não é “boazinha”, como sua aparência faz deduzir. Sabe o que quer, diz claramente o que pensa. E ainda não disse publicamente se concorda com a aliança feita por seu pai para enfrentar a candidatura contra a reeleição do atual prefeito do Rio.

Política de pouca idade, é experiente – já liderou a juventude do PMDB, foi vereadora e é deputada atuante. Adoraria ter acesso ao diálogo do Mino Carta com seus botões e pensar com ele como é que esta dupla vai subir nos palanques. Com seus pais.

Dos dois caciques da política carioca, Garotinho já disse que Maia não é confiável. E que seria impossível discutir ética com um homem que nunca conseguiu explicar como morava, com o salário de prefeito, num “apartamento avaliado em R$ 1 milhão”, em 2006. O polêmico e conhecido criador de “factóides” Cesar Maia também já disse que Garotinho é o maior desagregador que conhece. E é com ele mesmo que Cesar propõe sociedade para unir essas forças, ou criar um novo marketing para se manter junto ao poder.

Importante é que eles olham para as eleições do Governo do Estado. E, em seguida, valha-nos Deus, para a presidência da República Federativa do Brasil.

Agora, Garotinho vai tentar derrubar a força de reeleição do atual governador, Sergio Cabral, do PMDB, que neste momento está calado, na muda, e se segura na imagem do seu secretário de Segurança Pública que tem o respeito da população. E, o pior, não consegue provar que é amiguinho de Dilma Rousseff. Em compensação, não está dando asas ao atual prefeito, também peemedebista e seu fiel escudeiro – eles aparecem juntos em solenidades e pouco abrem as bocas. Esperam o momento oportuno para começarem a se agitar, talvez seguindo o conselho do mestre Cesar Maia: “quando o político está com imagem negativa, por melhor que fale, despenca nas pesquisas se abrir a boca”.

Será bem por isso, que nem nos programas eleitorais obrigatórios o prefeito tem aparecido?

Por fora devem correr, solitários e sem maiores expectativas, o deputado federal Otavio Leite, pelo esvaziado PSDB e Marcelo Freixo, do PSOL, este, aparentemente sem o fortalecimento de apoios de outros partidos de esquerda. O resto é o vácuo, neste momento.

De qualquer forma, agora, dia 8 de março, a chapa dos Maia e Garotinho terá que ser oficializada. Caso se concretize, poderá ser uma forte opção para levar a eleição ao segundo turno, contra Paes. E os eleitores… Bem, esse é o cardápio oferecido ao cidadão carioca.

Resumo: viver neste paraíso tropical é ter de enfrentar essas situações políticas. Está cada dia mais difícil ser cidadão desta minha, nossa, Cidade Maravilhosa.

Há dias, postei aqui um texto sobre o parlamento brasileiro. Fui chamado até de articulador de uma retomada de poder pela direita deste País. Como levantei a discussão, é meu dever profissional escrever o que penso e ler o que não desejaria. Ainda bem que existe este espaço democrático para receber nossas opiniões e desabafos. Tudo livre.

Agora, que tal falarmos do Executivo? Em São Paulo, as eleições para prefeito estão se desenvolvendo na mais perfeita bagunça, com todo mundo “falastrando” e dando seus pareceres, por mais malucos que pareçam. Aliás, a propósito, aconselho a leitura dos textos de Gianni Carta, “Serra não sabia que País é República” e do Mino, “”, aqui mesmo no CC.

Com foco no Rio, vejo a aliança do PR, leia-se Anthony Garotinho, ex-governador do Estado, com o DEM, de César Maia, ex-prefeito da Capital.  Ambos querendo voltar à Prefeitura do Rio através de seus filhos, a deputada estadual Clarissa Garotinho e o deputado federal Rodrigo Maia. Ela, candidata; ele, vice.

Conheço pessoalmente os quatro envolvidos. O sisudo Rodrigo é o oposto da figura bonita e simpática de Clarissa. Só que ela não é “boazinha”, como sua aparência faz deduzir. Sabe o que quer, diz claramente o que pensa. E ainda não disse publicamente se concorda com a aliança feita por seu pai para enfrentar a candidatura contra a reeleição do atual prefeito do Rio.

Política de pouca idade, é experiente – já liderou a juventude do PMDB, foi vereadora e é deputada atuante. Adoraria ter acesso ao diálogo do Mino Carta com seus botões e pensar com ele como é que esta dupla vai subir nos palanques. Com seus pais.

Dos dois caciques da política carioca, Garotinho já disse que Maia não é confiável. E que seria impossível discutir ética com um homem que nunca conseguiu explicar como morava, com o salário de prefeito, num “apartamento avaliado em R$ 1 milhão”, em 2006. O polêmico e conhecido criador de “factóides” Cesar Maia também já disse que Garotinho é o maior desagregador que conhece. E é com ele mesmo que Cesar propõe sociedade para unir essas forças, ou criar um novo marketing para se manter junto ao poder.

Importante é que eles olham para as eleições do Governo do Estado. E, em seguida, valha-nos Deus, para a presidência da República Federativa do Brasil.

Agora, Garotinho vai tentar derrubar a força de reeleição do atual governador, Sergio Cabral, do PMDB, que neste momento está calado, na muda, e se segura na imagem do seu secretário de Segurança Pública que tem o respeito da população. E, o pior, não consegue provar que é amiguinho de Dilma Rousseff. Em compensação, não está dando asas ao atual prefeito, também peemedebista e seu fiel escudeiro – eles aparecem juntos em solenidades e pouco abrem as bocas. Esperam o momento oportuno para começarem a se agitar, talvez seguindo o conselho do mestre Cesar Maia: “quando o político está com imagem negativa, por melhor que fale, despenca nas pesquisas se abrir a boca”.

Será bem por isso, que nem nos programas eleitorais obrigatórios o prefeito tem aparecido?

Por fora devem correr, solitários e sem maiores expectativas, o deputado federal Otavio Leite, pelo esvaziado PSDB e Marcelo Freixo, do PSOL, este, aparentemente sem o fortalecimento de apoios de outros partidos de esquerda. O resto é o vácuo, neste momento.

De qualquer forma, agora, dia 8 de março, a chapa dos Maia e Garotinho terá que ser oficializada. Caso se concretize, poderá ser uma forte opção para levar a eleição ao segundo turno, contra Paes. E os eleitores… Bem, esse é o cardápio oferecido ao cidadão carioca.

Resumo: viver neste paraíso tropical é ter de enfrentar essas situações políticas. Está cada dia mais difícil ser cidadão desta minha, nossa, Cidade Maravilhosa.

ENTENDA MAIS SOBRE: ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.