Missão das Forças Armadas é garantir que o processo eleitoral seja legítimo, diz presidente do STM

'Não esquecendo que nós temos uma Justiça Eleitoral e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo', afirmou Luis Carlos Gomes Mattos

Foto: STM

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O ministro Luis Carlos Gomes Mattos se despediu nesta quarta-feira 27 da presidência do Superior Tribunal Militar. Ele se aposenta da Corte por completar 75 anos. Lúcio Mário de Barros Góes assumirá o comando em 3 de agosto.

A jornalistas, Mattos afirmou que a responsabilidade pelas eleições é da Justiça Eleitoral, enquanto a missão dos militares “é diferente” e envolve garantir que “o processo seja legítimo”.

Ele participou de uma cerimônia que contou com a presença, entre outros, do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Walter Braga Netto.

“Não esquecendo que nós temos uma Justiça Eleitoral e ela é a responsável pelo funcionamento real daquilo”, disse Mattos, citado pelo jornal O Globo. “Nossa missão é diferente, não temos que nos envolver… Temos que garantir que o processo seja legítimo e tudo. Essa é a missão das Forças Armadas.”

A declaração ocorre uma semana depois de Bolsonaro reunir embaixadores em Brasília para repetir fake news sobre as urnas eletrônicas e atacar a Justiça Eleitoral. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, estava presente.

Nesta quarta 27, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que Nogueira de Oliveira lhe disse que as Forças Armadas focam em fornecer segurança para garantir uma eleição “segura e transparente” neste ano.


Na véspera, Austin defendeu, em Brasília, que os militares permaneçam sob firme controle civil. Ele participou da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas.

“O ministro da Defesa brasileiro comentou que estava muito focado em fornecer segurança para garantir que eles possam realizar uma eleição segura e transparente”, disse Austin.

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