Política
Ministro multa candidato que acusou o TSE de diplomar ‘sósia’ de Lula
Wilson Issao Koressawa disseminou uma teoria conspiratória de que um sósia havia se apresentado no lugar de Lula na cerimônia da diplomação, em 12 de dezembro
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, multou em 10 mil reais por litigância de má-fé um candidato a deputado federal pelo PTB de Minas Gerais que acusou a Corte eleitoral de diplomar um “sósia do Lula”, na cerimônia do dia 12 de dezembro.
Wilson Issao Koressawa disseminou uma teoria conspiratória em ação movida no TSE contra Lula, o então vice-presidente diplomado Geraldo Alckmin (TSE) e o presidente da corte, Alexandre de Moraes.
Nela, o bolsonarista disse que haveria “um sósia se apresentando no lugar” do petista e defendeu a anulação dos votos e até mesmo uma operação “no Hospital Sírio Libanês ou onde quer que seja, [para verificar] se o primeiro réu está vivo ou não”.
No despacho, assinado em dezembro, o magistrado alega que Koressawa acionou a Justiça Eleitoral de forma “irresponsável” e com “ausência de compromisso com a verdade e abuso de direito”.
“Está caracterizada situação excepcional, de profunda deslealdade processual, ausência de compromisso com a verdade e abuso de direito, a ensejar a adoção de medidas repressivas ao comportamento processual do autor, que, inclusive, advoga em causa própria, respondendo integralmente por todos os termos lançados na petição inicial”, escreveu.
Gonçalves também pediu que o Ministério Público Eleitoral analise se a conduta do ex-candidato pode levá-lo à inelegibilidade.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Governo Lula escolhe Ricardo Galvão para presidir o CNPq
Por CartaCapital
Dino anuncia a criação do Observatório Nacional da Violência contra Jornalistas
Por Wendal Carmo



