Política

Ministro indiciado pela PF não sairá do cargo, diz porta-voz de Bolsonaro

Porta-voz diz que presidente aguarda o desenrolar do processo, que se conecta a denúncias do início do ano

O presidente Jair Bolsonaro e ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, indiciado pela Polícia Federal por envolvimento em esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, continuará no cargo. Foi o que afirmou à Folha de S.Paulo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.

Segundo ele, Jair Bolsonaro irá aguardar o “desenrolar do processo” para analisar medidas que possam ser tomadas no futuro. De acordo com o jornal, os assessores do ministro ainda não haviam recebido o relatório de indiciamento da Polícia Federal.

Na manhã desta sexta-feira 4 foi revelado que Marcelo Álvaro Antônio e outras 10 pessoas foram indiciadas num inquérito sobre o uso de candidaturas laranja no PSL em Minas Gerais.

 

Pessoas ligadas ao ministro chegaram a ser presas para apurar irregularidades, como desvio de dinheiro do fundo eleitoral. A sede do partido em Belo Horizonte também foi alvo de operação para apurar irregularidades.

De acordo com a Lei de Cotas eleitorais para mulheres, 30% das candidatas de cada eleição devem ser do gênero feminino. Em 2018, o Supremo Tribunal Federal decidiu também por um mínimo de 30% do fundo partidário destinados a campanhas para candidaturas de mulheres.

Além desses dois pontos, os partidos também devem dedicar 5% do fundo para formação política das candidatas. No entanto, a prática é comumente ignorada. De acordo com os dados disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), poderiam ter sido investidos mais de 28 milhões de reais na formação de mulheres, de 2010 a 2015, caso os partidos tivessem dado destino correto aos valores.

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