Ministro da Saúde diz que governadores atrapalham plano de vacinação

Mudança de orientações por gestores locais 'termina por alterar a harmonia do programa e atrapalha o processo de vacinação', diz Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Reprodução

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a conduta de governadores e prefeitos “atrapalha” o processo de vacinação do Brasil e fez um apelo para que os estados e municípios respeitem as orientações do Plano Nacional de Imunização. A declaração ocorreu nesta segunda-feira 26, durante audiência da Comissão Temporária da Covid-19 do Senado Federal.

 

 

Queiroga disse que a campanha de vacinação está “acelerando o ritmo”, mas a sua velocidade depende do PNI, que vem sendo, segundo ele, desrespeitado pelos estados e municípios.

“Se nós respeitássemos o Plano Nacional de Imunização conforme pactuado na tripartite, ele iria melhor”, declarou. “Ocorre que os senhores sabem que, na bipartite, às vezes se muda a orientação para incluir um grupo ou outro, e isso termina por alterar a harmonia do nosso programa e atrapalha o processo de vacinação.”


Na sequência, o ministro pediu que os gestores locais evitem ceder a pressão para incluir nos grupos prioritários aqueles setores que não estiverem previstos no plano do governo federal.

“Nós sabemos que, no afã de contribuir com a vacinação, às vezes se pressiona para colocar um grupo prioritário ou outro. Todos têm razão em querer ter a vacinação o mais rápido possível. Mas às vezes isso atrapalha o nosso PNI.”

Segundo o ministro, o governo federal está negociando a compra de vacinas com fabricantes chineses, mas não informou detalhes.

Maior parte da imunização no Brasil, atualmente, é feita com a vacina chinesa Coronavac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan.

“No momento que houver algo conclusivo, eu terei muita satisfação em passar para os senhores”, disse.

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