Ministro da Defesa alega que militares têm ‘espírito colaborativo’ com o TSE

'Não se está se está duvidando ou achando isso ou aquilo outro (sobre urnas)', disse Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira na Câmara

O ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Foto: Alan Santos/PR

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O ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, negou nesta quarta-feira 6 duvidar das urnas eletrônicas. Ele participou de audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Um dia antes, na posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a lançar suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

“Não se está se está duvidando ou achando isso ou aquilo outro (sobre urnas), simplesmente com espírito colaborativo”, alegou Nogueira de Oliveira nesta quarta. “Esse é o espírito da equipe das Forças Armadas para ajudar o Tribunal Superior Eleitoral. Isso eu disse em reuniões presenciais com o presidente e o vice-presidente (do TSE), ministro Fachin e o ministro Alexandre de Moraes, desde o início. Estamos sempre prontos, permanecemos colaborativos para a melhoria do processo.”

O militar argumentou, ainda, que os militares apresentaram “várias propostas” na Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE.

“Algumas aceitas, outras parcialmente, outras seriam para pleitos futuros. Estamos conversando para ver o que pode ser implementado ainda, tudo isso para a gente ter mais transparência, segurança e melhores condições de auditabilidade. Só isso, não tem outro viés.”

Em palestra nos Estados Unidos nesta quarta, Fachin defendeu a participação das Forças Armadas nas eleições deste ano se a real intenção dos militares for “colaborar’”, não “intervir” no processo.


O magistrado também cobrou que os militares cumpram seu papel institucional, sem que sirvam a interesses de quem está “transitoriamente” no governo.

“Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a legislação e a Constituição atribuem”, discursou Fachin. “Nós, a Justiça Eleitoral, as Forças Armadas e outras instituições como a Polícia Federal […], todas essas instituições são do Estado. Elas não pertencem à titularidade transitória de quem está no governo.”

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