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Ministério da Saúde rebate Trump e reforça que paracetamol não causa autismo

Mais cedo, o republicano relacionou, sem provas, o diagnóstico de autismo em crianças ao uso de paracetamol durante a gravidez

Ministério da Saúde rebate Trump e reforça que paracetamol não causa autismo
Ministério da Saúde rebate Trump e reforça que paracetamol não causa autismo
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O Ministério da Saúde emitiu nesta terça-feira 23 um comunicado para reforçar que o paracetamol é seguro, eficaz e não está relacionado a ocorrência de autismo. A manifestação ocorre um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter divulgado a teoria conspiratória em uma declaração à imprensa.

Em uma entrevista coletiva na Casa Branca, o republicano relacionou, sem provas, o diagnóstico de autismo em crianças ao uso de paracetamol durante a gravidez.

“A saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis. A atuação de lideranças políticas na criação de informações deturpadas pode gerar consequências desastrosas para a saúde pública, como vimos na pandemia de Covid-19, com mais de 700 mil vidas perdidas no Brasil”, disse o Ministério da Saúde, em nota.

“O anúncio de que autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos, inclusive com a recusa de tratamento em casos de febre e dor, além do desrespeito às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias”,

De acordo com o Ministério da Saúde, “o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades”.

Na nota, a pasta diz que busca reverter os prejuízos causados pelo negacionismo no Brasil, “que impactou na adesão da população às vacinas em um país que já foi referência mundial neste tema”.

A desinformação disseminada de Trump também foi negada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido.

(Com informações da Agência Brasil).

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