Política

Ministério da Saúde muda classificação sobre gênero em procedimentos médicos para acolher pessoas trans

A alteração permite que pessoas ‘de ambos os sexos’ tenham acesso aos serviços

Ministério da Saúde muda classificação sobre gênero em procedimentos médicos para acolher pessoas trans
Ministério da Saúde muda classificação sobre gênero em procedimentos médicos para acolher pessoas trans
Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O Ministério da Saúde alterou a classificação de gênero de 269 procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde e  passou a adotar a terminologia “para ambos os sexos”.

A medida visa permitir que exames e cirurgias vaginais e penianos sejam feitos por pessoas de sexo feminino ou masculino, sem distinção, facilitando o acesso de pessoas transgênero aos serviços. 

Entre os exames que aparecem na lista estão aqueles relacionados ao acompanhamento de gravidez ou ao tratamento de câncer, como quimioterapia de tumor de testículo e radioterapia de câncer ginecológico. 

As mudanças constam de uma portaria publicada no Diário Oficial da União de 14 de maio.

A alteração atende a uma liminar do Supremo Tribunal Federal no âmbito de uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. A Corte determinou que o Ministério da Saúde adotasse medidas para atualização dos sistemas de informação. 

A ADPF foi protocolada pelo PT em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo os autores do pedido, a gestão do ex-capitão violava a saúde primária de pessoas transexuais e travestis e travava o acesso a procedimentos.

Leia a íntegra da nova portaria do Ministério da Saúde e a lista dos procedimentos:

Portaria

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo