Política
Ministério da Economia impõe sigilo sobre documentos da reforma administrativa
Pasta negou pedido de acesso aos registros com base na Lei de Acesso à Informação
O Ministério da Economia determinou sigilo sobre os documentos que produziu para elaborar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma administrativa. A pasta negou ao jornal O Globo o acesso aos documentos com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), afirmando que a divulgação só será possível depois de o Congresso Nacional apreciar a PEC.
“A matéria está pendente de ato decisório conclusivo, tendo em vista que é uma Proposta de Emenda Constitucional – PEC, a qual ainda encontra-se em análise no Congresso, somente podendo ser tido como editado após a conclusão de toda a tramitação necessária”, informou o ministério.
O jornal menciona que a decisão da pasta contraria precedentes julgados pela Controladoria Geral da União (CGU), que, em casos idênticos ocorridos no governo Temer e também na gestão Bolsonaro, estabeleceu que os chamados “documentos preparatórios”, no caso de uma PEC, são públicos a partir do momento em que a proposta é enviada ao Legislativo.
O ministério também justificou a atitude mencionando o artigo 20 do decreto 7.724, que regulamentou a Lei de Acesso à Informação. O trecho do decreto é justamente o que autoriza a divulgação de documentos preparatórios após edição de ato administrativo. “O acesso a documento preparatório ou informação nele contida, utilizados como fundamento de tomada de decisão ou de ato administrativo, será assegurado a partir da edição do ato ou decisão”, diz o trecho em questão.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.