O Projeto de Nação: O Brasil em 2035, criação dos institutos Villas Bôas, Sagres e Federalista, planeja a manutenção do bolsonarismo no País até 2035 e uma série de retrocessos, como a obrigação de a classe média pagar mensalidades em universidades públicas e pelo atendimento no Sistema Único de Saúde.
O vice-presidente Hamilton Mourão participou da apresentação do “projeto”, que não hesita em dar palpites geopolíticos.
Em uma seção dedicada a um suposto relatório de conjuntura datado de setembro de 2035, os militares mencionam conflitos entre Estados Unidos e aliados, de um lado, e China e Rússia, de outro, “tendo como palco a Guiana e sua produção de ouro e, especialmente, de bauxita”.
A essa altura, prosseguem os militares, “a potência oriental (China) adquiriu vastas áreas de mineração da Guiana e iniciou um processo acelerado de produção predatória para o meio ambiente, com vistas a atingir a liderança do mercado mundial, dominado pela Austrália”.
No mesmo capítulo, retomam as alegações conspiracionistas sobre o que chamam de “globalismo”, tema recorrente em confabulações bolsonaristas.
Os militares argumentam, por exemplo, ser “visível a união de esforços entre determinadas entidades nacionais e o movimento globalista, inclusive com o apoio de relevantes atores internacionais”. Afirmam ainda que “o globalismo tem outra face, mais sofisticada, que pode ser caracterizada como ‘o ativismo judicial político-partidário’, onde (sic) parcela do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública”.
Guiana faz fronteira com o Brasil ao norte de Roraima. A cidade de Bonfim, no lado brasileiro, é considerada porta de entrada terrestre para Lethem, município guianense.
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