Carlos Bolsonaro, o Carluxo, passou mal e foi levado à emergência do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, na sexta-feira 14. Dois dias depois, surgia ao lado do pai no debate da Band, em São Paulo. Durante o programa, orientou Jair Bolsonaro sobre o que falar e como manter a distância correta das câmeras. Pela proximidade entre ambos, por sua influência sobre o ex-capitão e pelo que está em curso na campanha, não há dúvida, Carluxo é o marqueteiro da reeleição. “As ideias são macabras, são sombrias, e assustam qualquer brasileiro de bem”, afirmou a respeito de Lula no fim do debate, em rara declaração pública.
Demonizar o petista e tentar fazer da eleição uma “luta do Bem contra o Mal” é a estratégia central de Bolsonaro e sua máquina de propaganda e mentiras nas redes sociais. Uma operação que busca associar Lula e o PT à bandidagem e ao PCC, que teve capítulo especial na véspera do primeiro turno, por meio da distribuição maciça de “notícias” sobre Marcola, chefe da facção, e que pode vir a se repetir no segundo turno, com a ressurreição de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro há quatro anos. Uma operação que transbordou do submundo das redes sociais para a mídia convencional, graças ao apoio, entre outros, da rádio Jovem Pan, alvo de investigação aberta pelo Tribunal Superior Eleitoral.
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