MBL é ‘milícia midiática’, diz Márcia Tiburi

Candidata ao governo do Rio de Janeiro sofreu perseguição e teve de andar com seguranças após abandonar programa de rádio com Kim Kataguiri

"Tô totalmente disponível para dar aula para esses garotos", disse Tiburi

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A filósofa, artista plástica e candidata ao governo do Rio de Janeiro, Márcia Tiburi (PT), sofreu ameaça e perseguição – nas vidas real e digital – por parte de seguidores do Movimento Brasil Livre. “Fui ameaçada de todo tipo de loucura que você pode imaginar, de morte”, afirmou em entrevista a CartaCapital.

As agressões começaram após Tiburi abandonar um programa de entrevistas em uma rádio gaúcha ao saber que o dirigente do movimento, Kim Kataguiri, era o convidado para conversar com ela. Ocorrido em janeiro deste ano, o incidente foi gravado em vídeo e viralizou nas redes sociais.

A partir dali, Tiburi conta que teve de andar com seguranças na rua toda vez que ia a eventos e outras aparições públicas. “Agora não preciso andar com segurança, porque ando com o pessoal do PT e esses garotos não chegam perto de onde tem gente do PT”, disse, antes de dar uma gargalhada.

Leia também: Márcia Tiburi, uma filósofa na praça pública

Questionada se a sua atitude de abandonar o programa não teria sido antidemocrática, Tiburi nega. “Eu converso com todo tipo de pessoa, mas eles não estão interessados nas nossas opiniões. Querem produzir material para mistificar, e não vou me prestar a isso. Esses garotos são milicianos midiáticos e usam o telefone celular como arma”, disse. “Naquela emboscada, o celular era uma arma, a presença deles não tinha sido combinada.”

A filósofa também os chamou de “fascistoides” e “meninos mal-educados”. Ironicamente, um de seus livros tem o título de “Como conversar com um fascista”. Ela disse que se dispõe a dar aula para os militantes do MBL, “desde que façam algum tipo de procedimento relacionado à abertura ética para com o outro”.


Relembre abaixo o incidente que motivou as agressões contra Tiburi:

 

 

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