Política

MBL anuncia assinaturas necessárias para registrar seu partido

O plano do movimento é concluir os trâmites até outubro, garantindo a participação do Missão nas eleições de 2026

MBL anuncia assinaturas necessárias para registrar seu partido
MBL anuncia assinaturas necessárias para registrar seu partido
Reprodução/Youtube
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O Movimento Brasil Livre informou, nesta quinta-feira 26, ter atingido o número de fichas exigido pela Justiça Eleitoral para formalizar o registro do Missão, partido político que o MBL tenta criar desde 2023. De acordo com o sistema do Tribunal Superior Eleitoral, a legenda em formação tem mais de 547,4 mil apoios — o mínimo necessário é de 547.042.

Para existir formalmente, o caminho é longo. A legislação brasileira prevê que uma sigla em formação precisa ter assinaturas que equivalham a 0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados, distribuídas em nove estados. O MBL diz ter coletado os apoios de forma presencial, por meio de voluntários, em todas as unidades federativas.

São Paulo registrou ao menos 41% do total de assinaturas coletadas (mais de 224 mil). O painel do TSE também apresenta um número relevante de fichas no Rio de Janeiro, em Pernambuco e em Minas Gerais. A criação do partido foi anunciada em dezembro de 2024, quando a cúpula do movimento afirmou ter reunido 811 mil assinaturas com esse objetivo.

Agora, o MBL deve aguardar a formalização dos diretórios nos tribunais eleitorais de pelo menos nove estados. Quando a etapa regional for concluída, o Missão entrará com um requerimento de registro de seu estatuto e de sua direção nacional no TSE, que julgará o pedido em plenário. Somente depois disso é que o novo partido poderá receber recursos do fundo eleitoral e participar de eleições, por exemplo.

Em uma live, integrantes da organização comemoraram a validação das assinaturas em tempo real. Por volta das 13h30, o secretário-geral do futuro partido, Victor Couto, leu um certificado da Justiça Eleitoral que comprova os apoios. Se for aprovado, o Missão será o 30º partido do Brasil.

Segundo integrantes do movimento, a ideia é concluir os trâmites até outubro, garantindo a participação do Missão nas eleições de 2026. A futura sigla terá pretensos candidatos à sucessão de Lula, como Arthur do Val, ex-deputado estadual por São Paulo cassado em razão de comentários misóginos sobre mulheres ucranianas — ele está, porém, inelegível.

O Missão tem uma onça como mascote e o número na urna deve ser o 14, anteriormente usado pelo PTB (que se fundiu com o Patriota no ano passado, formando o PRD). No rol de bandeiras do partido do MBL estão temas que supostamente mobilizam a direita brasileira, como a “redução do Estado” e a chamada “guerra às drogas”.

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