Política

Mauro Cid pode se tornar coronel caso denúncia do MPF não seja apresentada até abril

Desde setembro, o ex-ajudante de Jair Bolsonaro está sem cargo no Exército como uma das contrapartes do acordo de colaboração premiada firmado com o STF

Foto: Alan Santos / PR
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Parte do Exército espera que o Ministério Público Federal apresente a denúncia contra o tenente-coronel Mauro Cid antes de abril, quando ocorrerá a promoção para coronel. A informação foi obtida com exclusividade pelo jornal Folha de SP.

Segundo fontes ouvidas pelo veículo, pelas regras atuais, Cid poderia ser impedido de concorrer à promoção caso se tornasse réu na Justiça, o que eliminaria ele da disputa contra outros militares da Academia Militar das Agulhas Negras.

Mauro Cid é um dos primeiros colocados na turma da Aman e postula entre os mais cotados para receber a promoção. Porém, as denúncias contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro geram desgaste na imagem da corporação e aumentam a apreensão entre militares.

Cid foi detido na Operação Verine, realizada pela Polícia Federal que investiga a inserção de dados falsos sobre vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Ele seria peça central em um esquema que alterou os certificados de vacinação dele, do ex-presidente Jair Bolsonaro e de ambas as famílias.

Com a retenção do aparelho telefônico e a quebra de sigilo telemático após a prisão, a PF encontrou novos indícios de irregularidades e esquemas criminosos, inclusive a incorporação pessoal de bens ganhos por Bolsonaro no papel de presidente.

Ele foi liberado em setembro de 2023 após fechar acordo de colaboração premiada, mas em contrapartida perdeu sua função no Exército. Por decisão do STF, Cid utiliza desde então uma tornozeleira eletrônica e só poderá retornar ao seu cargo após o encerramento da colaboração. A promoção para coronel seria uma forma de Cid burlar o acordo e retornar para funções oficiais do Exército.

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