Política

Mato Grosso do Sul: Azambuja e Odilon disputam segundo turno

Envolvido em diversos processos por corrupção, Reinaldo Azambuja (PSDB) tenta a reeleição contra juiz federal

Segundo turno será entre atual governador e juiz federal
Apoie Siga-nos no

No Mato Grosso do Sul, a disputa pelo governo do estado foi para o segundo turno e será entre Reinaldo Azambuja, do PSDB, que teve 44,61% dos votos válidos, e Odilon de Oliveira, conhecido como Juiz Odilon, do PDT, que alcançou 31,62%.

O tucano Reinaldo Azambuja, atual governador do Mato Grosso do Sul, é um influente agropecuarista do centro-oeste brasileiro. Já foi prefeito no interior do estado, além de deputado estadual e federal. 

Em 2014 ficou em segundo lugar para o governo no primeiro turno, e conseguiu vencer a disputa na etapa final contra Delcídio Amaral. Em 2017 conseguiu aprovar um controverso projeto de reforma da previdência estadual, mesmo sob forte pressão da população e sindicatos, e marcado pela repressão violenta dos manifestantes na Assembleia. 

Também em 2017 o governador foi citado na delação premiada do empresário Wesley Batista, da JBS. A investigação motivou cinco pedidos de impeachment contra o governador. Todos foram arquivados. 

Em setembro deste ano foi alvo da operação Vostok, da Polícia Federal, que investiga um esquema de propina por meio de isenções fiscais a frigoríficos do estado. Azambuja prestou depoimento e foi proibido de se comunicar com outros investigados, incluindo o filho, Rodrigo Souza, preso na operação.

Juiz Odilon 

Juiz Odilon, ou Odilon de Oliveira, é um juiz criminal aposentado que se destacou na cena pública por trabalhar no combate ao crime organizado. Em 2007 pediu aposentadoria para poder concorrer às eleições.

Odilon já foi alvo de diversas ameaças, e anda hoje acompanhado por escolta policial por determinação do Conselho Nacional de Justiça. Quando era juiz, chegou a morar no escritório onde despachava, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, sob a vigilância de agentes federais. 

Se filiou ao PDT em 2017 – sua primeira passagem por um partido político – e contou com forte apoio de Ciro Gomes, candidato à presidência pela legenda, e dos presidentes nacional e estadual da legenda, Carlos Lupi e Dagoberto Nogueira.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar