Política

Marta tem medo de apoiar Haddad e acordar de mãos dadas com Kassab

Senadora vai esperar para manifestar seu apoio a Fernando Haddad, que disputa a prefeitura de São Paulo, pois teme aliança com PSD

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Preterida na disputa eleitoral para a prefeitura de São Paulo em 2012, Marta Suplicy (PT) ainda está reticente em apoiar o pré-candidato pestista Fernando Haddad, enquanto uma possível aliança com o PSD se desenha. A senadora foi a principal adversária do atual prefeito nas eleições de 2008 e teme “acordar num palanque de mãos dadas com Kassab”, caso apoie a candatura do ex-ministro da Educação.

Marta saiu da disputa depois de pedido de Dilma Rousseff, em novembro de 2011, evitando assim prévias no partido e deixando o caminho livre para Haddad, escolhido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, o candidato busca o apoio da senadora, que possui uma base eleitoral importante em São Paulo, sobretudo nas periferias. Marta sinalizou, no entanto, que sua resposta dependerá do resultado das aproximações de Haddad com o atual prefeito. No início do ano, Kassab iniciou o diálogo com Lula. Apesar dos setores contrários à aliança, o PT foi estimulado pelo próprio Lula a aceitar a proposta.

“Eu tenho o direito de não mergulhar de cabeça e aguardar a decisão do meu partido sobre a aliança. Preciso ser muito cuidadosa, porque senão corro o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab”, disse Marta. “Estou vendo um esforço grande para a coligação, mas isso me parece muito complicado. A senadora participou nesta quinta-feira 9 da primeira reunião do Diretório Nacional do PT, que ocorre em Brasília, às vésperas do aniversário de 32 anos do partido. Na semana passada, o cargo de Marta na vice presidência do Senado foi preservado, refazendo um acordo de 2011 no qual a senadora ficaria apenas um ano na posição. Alguns viram a atitude como uma compensação do PT pela perda na disputa paulistana, informação negada por Marta.

Já o novo líder do PT na Câmara Jilmar Tatto, que também abandonou a disputa pela prefeitura e tem influência na capital, afirmou que, se o Kassab fizer uma autocrítica, não há problema na aliança. “Acho um pressuposto muito ruim a ideia de recusar apoio”, disse. A ideia do partido é de que qualquer coisa é válida para desarticular o PSDB em São Paulo. “Aliança eleitoral não é aliança ideológica e o apoio do Kassab ao Haddad é muito bem-vindo. O que está em jogo é a disputa com o PSDB, nosso principal adversário no projeto nacional”, disse nesta quinta-feira 9 o secretário de Assuntos Institucionais do PT, Geraldo Magela. Assim, apesar da resistência interna, a probabilidade da aliança com o partido do atual prefeito é grande, sobretudo com o apoio de Lula.

Preterida na disputa eleitoral para a prefeitura de São Paulo em 2012, Marta Suplicy (PT) ainda está reticente em apoiar o pré-candidato pestista Fernando Haddad, enquanto uma possível aliança com o PSD se desenha. A senadora foi a principal adversária do atual prefeito nas eleições de 2008 e teme “acordar num palanque de mãos dadas com Kassab”, caso apoie a candatura do ex-ministro da Educação.

Marta saiu da disputa depois de pedido de Dilma Rousseff, em novembro de 2011, evitando assim prévias no partido e deixando o caminho livre para Haddad, escolhido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, o candidato busca o apoio da senadora, que possui uma base eleitoral importante em São Paulo, sobretudo nas periferias. Marta sinalizou, no entanto, que sua resposta dependerá do resultado das aproximações de Haddad com o atual prefeito. No início do ano, Kassab iniciou o diálogo com Lula. Apesar dos setores contrários à aliança, o PT foi estimulado pelo próprio Lula a aceitar a proposta.

“Eu tenho o direito de não mergulhar de cabeça e aguardar a decisão do meu partido sobre a aliança. Preciso ser muito cuidadosa, porque senão corro o risco de acordar num palanque de mãos dadas com Kassab”, disse Marta. “Estou vendo um esforço grande para a coligação, mas isso me parece muito complicado. A senadora participou nesta quinta-feira 9 da primeira reunião do Diretório Nacional do PT, que ocorre em Brasília, às vésperas do aniversário de 32 anos do partido. Na semana passada, o cargo de Marta na vice presidência do Senado foi preservado, refazendo um acordo de 2011 no qual a senadora ficaria apenas um ano na posição. Alguns viram a atitude como uma compensação do PT pela perda na disputa paulistana, informação negada por Marta.

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