Política

Marta Suplicy decide exonerar Soninha Francine após motociata de Bolsonaro

A polêmica teve início com a assinatura de um despacho sobre transferência de recursos para instalação de gradis em São Paulo

Marta Suplicy decide exonerar Soninha Francine após motociata de Bolsonaro
Marta Suplicy decide exonerar Soninha Francine após motociata de Bolsonaro
Foto: Agência Brasil.
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A Secretária de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, decidiu exonerar Soninha Francine da chefia de gabinete de sua pasta, após a servidora assinar um despacho relativo à transferência de recursos para a realização da motociata do presidente Jair Bolsonaro em São Paulo, no dia 12 de junho.

O despacho se refere à transferência de 75,2 mil reais para a Secretaria de Esportes e Lazer instalar gradis para o ato.

Segundo Soninha, a assinatura do despacho foi um ato meramente formal, uma vez que a secretaria em questão tem acesso aos recursos originalmente. Ela alega que não teve, portanto, qualquer ação ativa na liberação dos recursos e que não caberia a ela barrá-la. Soninha ainda declarou ter explicado a situação a Marta Suplicy, mas ex-senadora não teria entendido o registro institucional.

“Dizer que no fundo eu dei dinheiro para o Bolsonaro fazer ato negacionista, para mim, é motivo de ação penal por difamação e calúnia. Me acusar de improbidade por nada. Além de me acusar de improbidade, me coloca em um perfil ideológico que é ofensivo para mim”, disse Soninha ao jornal Folha de S. Paulo.

Também ao veículo, Marta afirmou que após a repercussão do caso procurou Soninha, que admitiu ter lido o despacho sem ler, uma atitude considerada grave pela secretária. “Soninha, olha o que você assinou. Não podia de jeito nenhum. Era a forma de São Paulo se colocar em uma posição de que não vai assinar coisas que não são atos de presidente da República, mas de campanha eleitoral’, relatou Marta.

A saída de Soninha deve ser oficializada nesta quinta-feira 24 no Diário Oficial da União.

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