Política
Marinho nega mudanças no seguro-desemprego: ‘A não ser que o governo me demita’
O governo tem sido pressionado para acelerar a agenda de corte de gastos
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, negou nesta quarta-feira 30 que o governo esteja debatendo mudanças no seguro-desemprego e no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O ministro ainda sugeriu que iria pedir demissão caso governo realize mudanças sem seu aval.
“Se ninguém conversou comigo, não existe. Se eu sou responsável pelo Trabalho e Emprego. A não ser que o governo me demita“, afirmou na entrevista coletiva para apresentar dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Marinho reafirmou ainda que considera uma “agressão” que medidas relacionadas ao trabalho sejam discutidas sem o seu conhecimento. E, nesse caso, colocaria seu cargo à disposição do presidente. “Todo cargo de ministro é do presidente. Se ele achar que o ministro não está servindo, ele pede para sair”, declarou.
O ministro já tinha negado, na semana passada, que entre as medidas estudadas no corte de gastos previsto para ser anunciado ainda este ano, estão mudanças nos benefícios trabalhistas.
“Ministério do Trabalho e Emprego não cogita ou realiza qualquer debate sobre o fim da multa rescisória, paga ao trabalhador e à trabalhadora após a demissão, ou sobre a redução do FGTS”, disse na rede social X.
O governo tem sido pressionado para acelerar a agenda de corte de gastos. No começo do mês, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, adiantou que a revisão em certas políticas públicas poderia abrir um espaço fiscal de até 20 bilhões de reais. A ministra, entretanto, não deu mais detalhes.
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